VocÊ se sente insuficiente?
Um dos grandes assuntos do momento, a baixa autoestima, tem sido muito relacionada ao discurso de autoajuda, ao “amar-se mais”, ao se olhar no espelho de forma superficial muito relacionada ao seu corpo, à estrutura física. O ato de olhar no espelho, visualizar-se, aceitar-se, está muito além do que se vê, mas do que se sente.
Mas, conceitualmente, a autoestima prima exatamente por esta definição, focada no interior, não apenas no exterior (qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos). Claro que gostar de seu corpo é importante, mas a transformação ocorre quando a aceitação sobre seus valores, propósito, caráter, definições e sua força de empatia começam a relacionar-se.
Portanto, baixa autoestima não está relacionada apenas aos problemas de aparência, mas sobre sentir-se insuficiente e dispensável.
Incentivar a pessoa a amar-se é muito diferente do que acompanhar os motivos pelo qual ela se sente insuficiente e guia-la para a compreensão destes possíveis traumas. Hoje, com as constantes comparações que fazemos com potenciais “vidas perfeitas” e situações inexistentes de felicidade eterna dentro das redes sociais, buscamos soluções rápidas, que nos satisfazem por algum tempo, mas que só gerarão ânsia por novas pílulas momentâneas de deleite.
Muito mais do que ler ou ouvir, experienciar é sempre o melhor caminho. A autoestima não pode ser sugerida como um ato proposital. Conhecer-se é enfrentar medos, é não ter problemas com tomadas de decisão, é regozijar-se com a falha pois, ao final, tudo é aprendizado.
Mais do que palavras ouvidas, a melhoria da autoestima acontece ao verbalizar. O ato de conhecer-se melhor parte exatamente da compreensão de si por si próprio.