[Séries] Bebê Rena
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[Séries] Bebê Rena

Estou escrevendo e apagando faz alguns minutos o texto sobre essa fabulosa (e dificílima) minissérie da Netflix. Começo, apago, retorno, começo novamente. Repetição de ciclo, percepção de continuidade e descontinuidade, apaga, reinicia. E talvez seja reflexo da experiência com o conteúdo apresentado.

Bom, vamos lá mais uma vez. Em uma simplificação, “Bebê Rena” me parece ser uma série sobre perseguições. Sobre assédio, abuso, excessos, faltas que geram uma sensação persecutória intrínseca, mas que também caminha em um processo paralelo de aceitação de si e de mundo. E não estou falando só do personagem principal. É sobre uma expansão de mundo, é sobre uma reconstrução de pensamento que não é nada simples. Talvez palavras não bastam para uma elaboração consistente.

O problema de tentar descrever esta minissérie é que existem camadas sobre camadas sobre camadas de materiais que, seja o ponto de vista no qual isso mexa com o espectador, vai incomodar. Ao mesmo tempo que há identificações, há também destituições posteriores sobre comportamento. Cada episódio é muito bem construído para ficar nos migrando de lugar, cada um mais incômodo que o outro.

Estamos tão habituados a definir papeis quando assistimos filmes. “Esse é vilão”, “esse é herói”, “me identifico porque esse personagem sofre”, “despersonalizo este aqui porque não tem boas atitudes”. E ao final de cada magistral episódio (sério!), a sensação é de não encontrar muitas palavras para descrever. É afeto, é pensamento, é gatilho. Cada um vai cadenciar da forma que puder.

“Bebê rena” não é uma minissérie. É uma experiência. E descrevê-la não é tarefa simples, porque mexe com situações extremamente pessoais que, nem sempre, temos forças para enfrentar.

– Disponível no Netflix

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