
o trauma na pandemia do coronavírus
Ainda na linha de novos olhares, novos pontos de vista, novas formas de olhar o singular e, posteriormente, o todo, começamos a ter mais bibliografias acerca da pandemia.
O Psicanalista Joel Birman consegue realizar o que se parecia impossível: escrever um livro praticamente em tempo real, envolvendo dimensões políticas, sociais, econômicas, ecológicas, culturais, éticas e científicas sobre o trauma na pandemia.
Tais dimensões são de importância fundamental para observar a problemática dos novos traumas desenvolvidos a partir do olhar subjetivo da catástrofe humanitária que estamos presenciando e se desdobrando em nossa frente.
As discussões dúbias sobre o enfrentamento por parte do governo, o isolamento, a perspectiva de crenças em um novo olhar sobre o luto não-realizado, a priorização da estrutura financeira em relação à precarização da morte, as mudanças nos processo psíquicos que teremos que enfrentar daqui para a frente.
Tudo isso com um olhar lúcido, direto e informativo acerca do estado de confusão a que fomos expostos, a nossa relação com o inimigo invisível (para alguns, no plural), o mecanismo da recusa, além das relações epidemiológicas e psíquicas geradas a partir da necropolítica a que fomos submetidos.
Nossas relações mudaram a partir do que estamos vivendo hoje. Observar e compreender esta mudança é fundamental para que possamos aprimorar a Escuta a partir de uma nova visão, com novas abordagens e olhares para o Outro.
“O trauma na pandemia do coronavirus”
Joel Birman
Editora Civilização Brasileira