lupa da alma
Mesmo com esses absurdos perpetrados pelo atual governo, devemos olhar para a frente.
O “voltar ao que era” não existe. A pandemia nos trouxe a um ponto de transformação e quanto mais cedo aceitarmos isso, mais podemos focar no que realmente importa.
Não há “novo normal”, há o futuro. Nosso modelo atual não comporta mais. Usufruimos demais do que nos foi oferecido e chegamos naquele momento de inflexão irreversível em que precisamos olhar para dentro de cada um para alcançar a extensão do outro.
O conservadorismo atrasa o processo evolutivo. Precisamos de novos olhares, novos pontos de vista, novas formas de olhar o singular e, posteriormente, o todo.
Mudar é doloroso em todos os sentidos. Mas desviar o olhar para a realidade que nos circunda na atualidade é recalcar, e sabemos muito bem o que acontece com o recalque, não?
Pensando desta forma, começo um processo de leituras visando o pós. E já há material que pode ser trabalhado para esta nova visão. Olhar para o caos de desconstrução que está sendo apresentado em tempo real pode ser uma tentativa de enfrentamento, mesmo que o medo esteja presente.
Um dele é “Lupa da Alma”, de Maria Homem. Escrito durante 2020, tem a efervescência da informalidade, quase como um diário, mas recheado de afetos individuais e coletivos, apontando para o subjetivo e para o social para elaborar contextos, insights, relações, conexões e o luto. Além de um registro praticamente orgânico do viver a pandemia, um sopro de boas ideias, visões e realidade à flor da pele em sua “Quarentena-revelação”.
Recomendadíssimo.