
GESTÃO DO TEMPO (A ANSIEDADE NA VIDA MODERNA – PARTE 3/5)
A obrigatoriedade da sociedade moderna é fazer mais com cada vez menos, quase um mantra corporativo. Não é nada prático do ponto de vista humano, mas como estrutura capitalista e de consumo constante faz com que estejamos sempre em nosso limite.
E um destes limites que convenientemente é esquecido pelas empresas é o tempo.
Não há como esticar o tempo. Ele é o que é, e pronto. Temos 24h por dia e é isso.
Quando os discursos focam a busca incessante por resultados e metas inalcançáveis, fica difícil a priorização do que é realmente importante para nós. A dinâmica apresentada pelo tal “empreendedorismo” é o mais atual exemplo dessa dissonância.
A perpetuação de comportamentos como “ser ocupado = bem sucedido” ressalta a fuga diária que temos de nós mesmos em função de atingir algo que nem sabe-se muito bem o quê deveria ser. Fala-se muito em resultados, mas se ir fundo nesse debate, identifica-se que não há uma definição sobre o que seria essa meta.
E perde-se o tempo. Perdem-se coisas simples e significativas que realmente fazem a diferença na existência. Que trazem prazer real para nossas vidas.
Entender que realizamos tarefas que não agregam em nada e que usamos um sentido automático na maior parte do tempo é ser consciente sobre si. A cultura da pressa gera ansiedade, stress e, em muito casos, o Burnout, que é a consequência direta da exaustão do não-prazer.
A compreensão de que para aquilo que damos atenção, também damos o nosso tempo, é fundamental para uma melhor condução das horas. Reservar uma parcela de tempo para nós mesmos é fundamental para a manutenção do cotidiano.
É difícil? Sim. Mas tudo começa de pequenos passos.
– O simples ato de Parar / Respirar / inspirar por 5 minutos é possível.
– Meditar por 5 minutos é possível e transformador.
– Deixar as telas de lado por algum tempo é obrigatório.
Não somos máquinas. Parar um pouco sempre será o primeiro passo.
“Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei… pra você correr macio…”