fomo - fear of missing out - Psicanalista Sandro Cavallote
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fomo – fear of missing out

Em um mundo hiperconectado e atualizado a cada segundo fica difícil entender o que estamos sentindo e, muitas vezes, por que não nos sentimos bem, mesmo produzindo, entregando e fazendo o possível para acompanhar tudo o que acontece.

A tecnologia é fundamental para que possamos dar novos passos, entretanto a estrutura das redes sociais visa objetivos focados em mercado, não em qualidade de vida. São vários os mecanismos utilizados pelos aplicativos para que sejam obtidos dados o tempo todo, mas é importante focar no mais óbvio deles: a rede social é construída para que você não saia dela.

Para essa estruturação, são estudados elementos focados em psicologia, controle emocional, design, usabilidade, tendências. Tudo para fazer com que você passe cada vez mais tempo atualizando o feed.

Olhando por esse parâmetro, parece ser algo inofensivo, mas não é. Este formato gera uma resposta emocional em nós que torna a interação algo necessário, a ponto de desenvolvermos vínculos patológicos com ela. Em inglês, há até um termo para isso: F.O.M.O (Fear of Missing Out ou, Medo de Estar Perdendo Algo, em uma tradução literal).

O FOMO é uma realidade. Há diversos estudos e relatos de aumento de ansiedade provocados pelo uso constante dos smartphones. A checagem constante, as notificações, as comparações (amigos que estão em devaneios de felicidade constante em suas postagens), as celebridades que estão sempre bem (fato: são humanos, sentem as mesmas coisas que cada um de nós) e a sensação vazia de mensagens que nunca serão respondidas, ou pela busca eterna do curtir / compartilhar / salvar.

Lembrando que a tecnologia em si não é o problema, mas sim seu uso. Moderação é a palavra. Desligar as notificações auxilia muito na diminuição da ansiedade (afinal, quais aplicativos você realmente precisa ser avisado de algo?). Tornar-se um usuário ativo (que controla os horários de uso) e não passivo (controlado pela ferramenta) auxilia muito para que você possa buscar outros tipos de diversão.

Desconectar-se da tecnologia é reconectar-se com você.

Afinal, nos últimos 9 meses, quantas vezes você parou por para observar o seu eu real, não seu avatar?