[Filmes] A vida depois - The Fallout
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[Filmes] A vida depois – The Fallout

Como se recuperar de uma tragédia? Nós, adultos, já temos nossas dificuldades para com o assunto, mas e quando tal evento se dá ainda na adolescência? Como o acontecimento vai reverberar comigo, com a família, com os amigos, com a sociedade em si? Com um corpo pulsional que ainda está em desenvolvimento e tem que lidar com milhares de impulsos o tempo todo, como organizar tudo isso no sentido de elaboração e acolhimento?

O adolescente, na maior parte das vezes, recorre ao silêncio. E para as ansiedades dos que o cercam, pode ser uma angústia sem fim, principalmente para os pais. “A vida depois” é um filme contundente do ponto de vista das violências subjetivas. Não se interpõe como construção visual de tal violência, mas como nós somos incididos por ela em cada movimento que façamos. E como redirecionar tais afetos se torna complexo quando não se tem como verbalizar o sentir na amplitude dos afetos. Um misto de dúvida, revolta, raiva, impunidade, incapacitação. E como continuar a partir dali, daquele momento que mudou tudo, que nos transformou e que deixou tudo de cabeça para baixo. O trauma em sua essência.

Um filme de uma potência tão extrema que nos coloca para pensar durante dias, semanas. E que, mais do que isso, nos coloca em xeque como sociedade, como observadores que somos das políticas de violência que são perpetuadas a partir não apenas do “ir-ao-ato”, mas que ecoa nos discursos, na comunicação, na internet, nas redes sociais, até em nossos grupos familiares. E, no meio de tudo isso, também nos alerta sobre nossas responsabilizações pessoais. Afinal, ninguém sai ileso destes momentos.

*Tentei não ser tão incisivo na sinopse porque a sequência inicial, sem eu saber do conteúdo do filme, teve impacto significativo na experiência do filme.

** Obrigado demais à Gabi, que indicou o filme.

“A vida depois” (The Fallout)
Dir: Megan Park
Disponível: HBO Max

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