Filme: “Ninguém sabe que estou aqui”
Dá para medir a extensão de um trauma? Até onde podemos dimensioná-lo sem excluir o sofrimento pessoal do sujeito e a gama de sentimentos pelo qual ele é atravessado?
Se o escutarmos em sua singularidade e suas relações sociais, será que podemos auxiliá-lo a perceber-se novamente em seu desejo? Mesmo que tenhamos que apresentá-lo novamente às suas mágoas, tristezas íntimas e estruturas relacionais mal-construídas desde sua infância?
Nossas atitudes têm o poder de transformar, para o bem e para o mal. Muito mais quando somos crianças, sem o ferramental necessário para a continuidade, para a percepção de si, para o enfrentamento com o desejo do Outro. Sejam eles, inclusive, nossos pais.
Acompanhar a história de Memo e como ele perdeu sua voz é angustiante. Uma viagem intimista, solitária e poética. Para além das palavras.
(Disponível no Netflix)