
Experienciar é parte do processo de cura
Durante toda a vida fazemos o possível para evitar a dor. Isso começa muito cedo, com nossos pais (e suas neuroses e expectativas pessoais) tentando nos proteger de algo que é inevitável para nos tornar seres humanos funcionais e contribuir com a sociedade de forma sadia: a experiência, seja ela boa ou ruim.
No meio disso tudo, some uma sociedade que diz que “você será tudo o que quiser ser”, “sucesso só depende de você”, “salário emocional” ou direcionamentos a respeito de termos mercadológicos, como resultados, metas, competitividade, performance, todos focados em desempenho (e, mesmo que inatingíveis, se não alcançar a culpa é toda sua…). Atualmente, o termo fracasso é usado de forma tão pejorativa que imputa uma culpa de tamanha intensidade que muitas vezes faz com que o sujeito deixe de ser o que é para ser aquilo ao qual lhe é atribuída a circunstância. Ele não É um fracassado, ele teve um fracasso, o que são coisas totalmente diferentes.
O discurso de falhar não é incorporado ao nosso repertório de vida, porque a maior parte das pessoas não quer falar sobre o assunto. E é importante que ele seja visto como uma forma positiva de evolução, porque sem a falha, sem o teste, sem a experiência de falhar, a vitória, a alegria, a felicidade nunca serão sentidas. E esse efeito, o de não temer a falha, é transformador.
E, sim, você vai falhar. E tudo bem.
Entendendo o processo de cura dentro da psicanálise (onde aquele afeto que impedia você de realizar suas tarefas foi incorporado a você como uma parte dentro da sua singularidade), qualquer tipo de experiência é importante, pois ela pode mostrar muito sobre você, coisas que você nem imaginava. Então, experiencie.
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