Curta: “Perdoai-nos as nossas ofensas”
Não é segredo para ninguém (pelo menos não deveria ser, já que não há nenhuma preocupação em esconder) que o governo atual flerta com o nazismo e o fascismo. De 2018 para cá, há centenas de provas de comportamentos que comprovam o fato, desde ex-ministros utilizando símbolos em suas lives, posturas discursivas alusivas ao movimento hitlerista, posicionamentos econômicos higienistas, aporofóbicos, racistas e que colocam a população carente em uma situação de medo e desespero na relação com a fome. Isso sem falar das falas machistas, persecutórias e ideólogas desse grupo que cooptou o poder na exploração da desinformação e alienação. Tudo isso em vídeo e áudio, dito pelos próprios.
Cinema, além de entretenimento, também tem o poder de preservação da memória, fator fundamental para que erros não sejam cometidos novamente. Relembrar os erros humanitários do passado precisa ser algo indelével e acessível para todos nós, principalmente através da cultura e da arte. E esta peça de apenas 15 minutos do Netflix é importante neste ponto de vista: o foco direto sobre como o nazismo lidava com as pessoas com deficiência.
E a inclusão deve ser pauta de qualquer governo eleito democraticamente. O que estamos vendo é o sucateamento do acolhimento, a desestruturação dos poucos elementos de suporte para saúde mental para a população carente, além de políticas que produzem efeitos de sofrimento que causam atrofias emocionais nas relações individuais e em grupo. E a política do medo, da culpa, da auto-exclusão de responsabilidade e da falta de transparência é fator preponderante para o adoecimento coletivo.
(Disponível no Netflix)