A MANUTENÇÃO DOS CONFLITOS PARA RELAÇÕES SAUDÁVEIS - Psicanalista Sandro Cavallote
17375
post-template-default,single,single-post,postid-17375,single-format-standard,bridge-core-2.6.4,qode-page-transition-enabled,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,hide_top_bar_on_mobile_header,qode-child-theme-ver-1.0.0,qode-theme-ver-26.4,qode-theme-bridge,disabled_footer_bottom,qode_header_in_grid,wpb-js-composer js-comp-ver-6.6.0,vc_responsive

A MANUTENÇÃO DOS CONFLITOS PARA RELAÇÕES SAUDÁVEIS

Algo que sempre também aparece em clínica é a elaboração relacionada a conflitos.


Geralmente, ela surge em um momento da análise onde percebe-se a necessidade de autoexpressão, da fala, da verbalização sobre um afeto, da expressão de uma opinião.
 
Isso se dá em todos os aspectos de nossas relações: família, trabalho, amigos. A impessoalidade das redes sociais parece ter tornado o ator de expressar-se mais fácil, mas foi exatamente o contrário: o que poderia ser o início de um processo reflexivo torna-se “a minha opinião” e é isso. O diálogo torna-se unilateral, ou seja, inexpressivo do ponto de vista de comunicação.
 
Este efeito dá-se também em relações afetivas. Quando apenas o casal subsiste no formato de uma via, quando apenas uma opinião é conservada, perde-se a oportunidade da troca, do aprendizado, da ambivalência. Aquele que não expressa guarda aquilo para si, represa a verbalização, deixa de contribuir por vários fatores. Cala-se perante si mesmo, maneja a sua própria não-importância.
 
No ambiente corporativo isso é até comum. Quantas oportunidades são perdidas pela regra geral da hierarquia, da egocentricidade, do discurso de fracasso repetido à exaustão para que nos tornemos cada vez mais subservientes a um modelo que não nos representa, mas que “é o que temos”.
 
“Sempre foi assim.”
“Quem sou eu para fazer algo de diferente?”
“A culpa é sua se falhar.”
“Tenho medo da mudança. É melhor ficar quieto e pronto.”
 
Esse medo do conflito nos é apresentado desde a infância, geralmente por nossos pais. A criança que pergunta “incomoda demais”, a criança criativa é “muito avoada”, a criança que contesta é “muito perguntadeira”. A criança cresce com a descrença do conflito, consagrada pela falta de paciência dos pais, que pode ser representada pela violência verbal, física ou psicológica.
 
A resposta infantil é “não vou incomodar”.
 
O ato de conflitar torna-se tabu. A contribuição para a melhoria do relacionamento na apresentação do eu, também.
 
Não se vive na fronteira da insegurança. Se sobrevive.
 
Abrir espaços de diálogo é imprescindível para nossas relações.

AGENDE UMA PRIMEIRA CONSULTA SEM COMPROMISSO. CLIQUE AQUI.



Abrir Chat
Posso ajudar?