[SÉRIE] The Leftovers
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[SÉRIE] The Leftovers

Logo de início, a série “The leftovers” não me pegou. Alguns amigos já haviam indicado, mas eu estava bastante resistente. Mas vamos tentar, e o início é interessantíssimo já em seus primeiros minutos. A premissa de um mundo totalmente virado do avesso é intensa não apenas na perspectiva do óbvio, mas no subjetivo. “Deixados para trás” (como foi vendida na época, mas eu acho que “abandonados”, ou melhor, “os que restaram”, ou melhor ainda, “os restos”) é uma série de tempos e que caminha na ordem do sentir e do incômodo singular.

Depois de alguns episódios, vilta a resistencia. Parece não ter muito a dizer. É confusa. É angustiante. É tediante. Em alguns episódios, quase abandonei. Alguns personagens nos soam conhecidos, outros geram uma certa repulsa. Assim como atitudes e fugas nos colocam em contato com a autorreflexão e o julgamento o tempo todo. São 3 temporadas diferentes, de construções e paralelos diferentes entre si. O que se percebe logo nos primeiros minutos é que é uma série sobre luto. Mas, conforme se desenvolve, é mais sobre seu plural. Os lutos aos quais somos apresentados de forma consistente e humana (inclusive em suas vicissitudes e falhas) nos traz uma mistura de sentimentos e de incógnitas. Afinal, quem sou eu na perda singular? Quem sou eu na perda coletiva?

Insisti. Fui até a terceira e última temporada. E foi uma das melhores coisas que fiz na minha vida de fã de cinema. Como tudo, a coisa se resolve e se amarra no sentir e na mescla de tristezas e alegrias. Nada mais analítico do que isso.

(Um dia pretendo marcar um grupo de estudos só pra esta série. Sério mesmo. Ela é baseada num livro, que pretendo ler em breve.)
*Está disponível no Max.