Supervisão (Tripé Psicanalítico) - Psicanalista Sandro Cavallote
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Supervisão (Tripé Psicanalítico)

Falamos sobre a formação contínua, que deve ser desenvolvida com muito afinco por aqueles que se descobrirem no desejo de estar na jornada psicanalítica. Diferentemente do que nos foi ensinado durante décadas, a construção da jornada teórica está ligada ao fato de estar sempre em movimento, nos estudos e nas trocas sobre conceitos e (re)construções de saber.

Também falamos sobre a importância da análise pessoal para que os atravessamentos dos conteúdos de nossos analisantes possam ser reorganizados para que sejam revertidos em manejo e acolhimento apropriados, não apenas para quem está no divã, mas também para quem está oferecendo a Escuta. Também somos indivíduos e precisamos direcionar nossos afetos para potenciais relações que façam sentido ao nosso caminhar.

E, finalizando a estrutura proposta por Freud no sentido de um Tripé Psicanalítico, também precisamos refletir sobre o manejo clínico e sobre as formas de acolher a angústia dos analisantes. Levar os casos para trocas com os pares é parte inerente da manutenção de conhecimento de si e do Outro. Afinal, a percepção de um colega sobre como estamos desenvolvendo as dinâmicas com nossos analisantes pode nos trazer visões que não estavam sendo percebidas durante as sessões. Porque, não se enganem, há incidência de todos os conteúdos transferenciais em nosso julgamento, em nossas formas de elaboração e na maneira que desenvolvemos nossos casos. Além da perspectiva de um colega, nós mesmos podemos construir diferentes maneiras de observação e Escuta a partir dos elementos da supervisão.

Tal elaboração não se baseia numa troca como professor – aluno, mas sim sobre olhares acerca do que é apresentado, não apenas sobre casos mais complexos, mas também para orientações sobre o que, aparentemente, está “caminhando bem”. Claro que as complexidades serão parte pertinente dos conteúdos, mas os casos que aparentemente estão sob controle também precisam de uma revisão de tempos em tempos, nem que seja para termos a certeza de que o caminho está correto.

As supervisões podem ser desenvolvidas em grupo ou individuais, cada uma com suas particularidades. Ambas são impreteríveis, como uma bússola para a jornada.



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