Você tem construído metas dentro da sua própria realidade?
18453
post-template-default,single,single-post,postid-18453,single-format-standard,bridge-core-2.6.4,qode-page-transition-enabled,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,hide_top_bar_on_mobile_header,qode-child-theme-ver-1.0.0,qode-theme-ver-26.4,qode-theme-bridge,disabled_footer_bottom,qode_header_in_grid,wpb-js-composer js-comp-ver-6.6.0,vc_responsive

Você tem construído metas dentro da sua própria realidade?

Os processos mentais a que somos submetidos diariamente são intensos, dolorosos e que atuam como desenvolvedores de ansiedades automatizadas a cada post, comentário, reel, story, seja lá qual for a ferramenta. São verdadeiros estressores para nossa psique, nos tirando o tempo todo de uma relação pessoal com o que efetivamente desejamos para que direcionemos o olhar sempre para o desejo do outro, seja de um colega, um influencer, uma plataforma ou, simplesmente, de alguém que aparenta ter “uma vida melhor que a minha”.

Não há como desconsiderar o papel das redes sociais como elenco fundamental do nosso sofrer diário. Já falamos disso à exaustão: a rede é feita para nos cansar e sobrecarregar com informações que criam desvios mentais, saturações emocionais, comparações esdrúxulas e criações de expectativas fora da nossa realidade, como se estivéssemos todos no mesmo patamar emocional / psíquico / financeiro / social / racial. Vamos dormir, sonhamos e acordamos com a angústia intensificada, só que sem a percepção dela, que se entranhou tanto em nós que nem a reconhecemos como parte de um problema, tamanha a dimensão informacional que nos bombardeia. E são angústias sobre angústias que ocultam a relação positiva que podemos ter com nossas falhas, intenções e afetos pessoais. E nosso psiquismo, para onde vai? Construímos objetivos que não são nossos, nos espelhamos em “pessoas” que vendem fórmulas de sucesso não comprovadas, seguimos perfis que nos causam estímulos frívolos, e acabamos por correr atrás de resultados irreais, sendo que o olhar para si é o melhor direcionador do que nos serve, do que nos é particular dentro do que estamos constituídos.

O problema é o olhar para si. Parece simples, mas não é. Porque, inicialmente, podemos não gostar. Entretanto, é o que é. A partir daí, o enfrentamento, as perspectivas e metas tornam-se mais palpáveis. Talvez não tão atraentes e “instagramáveis”, mas certamente, mais factíveis.

(Re)conhecer-se não é tarefa simples, ainda mais com tantos estímulos de despersonalização orientados durante décadas. A pergunta é: devo fazer parte desse mundo hiper-colorido do outro ou conhecer as cores reais que fazem de mim o que sou?



Abrir Chat
Posso ajudar?