Filme: “As aventuras de Pi”

“A vida de Pi”, de Yann Martel, foi meu livro favorito durante anos. Acho que foi lá pra 2003 que tive o primeiro contato com ele, mas algo realmente mexeu comigo durante a leitura. A história do garoto indiano, com várias relações religiosas, que passa por um naufrágio e acaba em um barco com um tigre, uma zebra, uma hiena e um orangotango mexeram muito com minha subjetividade. Ironicamente, foi nessa época que me aprofundei mais nos estudos da Psicanálise, buscando explicações para dilemas pessoais.

Em 2012, o maravilhoso diretor Ang Lee lançou a versão cinematográfica e, já no primeiro trailer, tive que ceder ao trabalho estético primoroso dedicado à obra. Foi muito emocionante ver na tela muito do que eu havia imaginado pela leitura. Não acho que filmes conseguem substituir os livros mas, em muito casos, eles podem ser uma bela (e respeitosa) homenagem.

E este é um desses casos.

Dilemas existenciais são inerentes. Sempre os teremos. No meio disso tudo, centenas de referências em nossa constituição psíquica. Somos seres desejantes, independente do desejo.

Hoje é um bom dia, e acordar lembrando de uma obra que ressoou tanto em minha vida motiva, engaja e faz sorrir.